Pós-Graduação em Planejamento e Gestão Ambiental
– Universidade Veiga de Almeida
Pós-Graduação em Qualidade para a Excelência
da Gestão de Negócios - GRIFO Enterprises
Graduação em Engenharia Elétrica - Sistemas de Potência
- Universidade Veiga de Almeida
Técnico em Eletrônica
- Escola Técnica Prof. Everardo Passos – ETEP
Promover a melhoria e a busca da excelência na gestão de obras e condomínios residenciais por meio da implantação de Sistema de Gestão da Qualidade com base nas normas ISO 9000
Prestar serviços com elevado padrão profissional com base nas regras de conduta e diretrizes de nossos cliente.
• Desenvolvimento de Manual, Planos e Procedimentos da Qualidade;
• Implantação de Planos da Qualidade nas obras;
• Elaboração dos Data-Book de Construção e Montagem;
• Treinamento dos Gestores e Colaboradores da obra no Sistema de Gestão da Qualidade;
• Desenvolvimento do Projeto Qualidade na Gestão de Condomínio: Política da Qualidade, Visão, Missão, Valores,
Estrutura Organizacional, Mapeamento dos Processos, Definição de Objetivos, Indicadores e Metas;
• Implantação do Projeto e das Práticas na Busca pela Excelência
• Desenvolvimento e Implantação da Gestão de Pessoas;
• Medição do desempenho;
• Gestão Ambiental do Condomínio;
• Manual Comportamental para os Colaboradores.
• Colaboradores e Gestores no Sistema de Questão da Qualidade;
• Implantação da Política da Qualidade, Plano, Procedimentos e Instruções da Qualidade, Executivos e Operacionais.
• Políticas / Manuais da Qualidade;
• Mapas de processos;
• Procedimentos / Instruções da qualidade, de processos executivos e operacionais;
• Modelos / Templates / Formulários da qualidade e inspeção dos processos;
• Data-book de Construção e Montagem.
Durante a Gestão do Sistema da Qualidade nas obras ocorreu que um dos nossos prestadores de serviço teve o seu escopo desmembrado para outro prestador.
Esta situação foi motivada em parte em função das ações necessárias para buscarmos o alinhamento com as metas, prazos e objetivos da obra.
Em função disto observamos certa dificuldade no entrosamento entre as equipes destes prestadores, refletindo no desempenho e na execução das atividades.
Precisávamos buscar a sinergia entre as equipes destes prestadores de forma a alinharmos os colaboradores, com os objetivos e metas do empreendimento, fazendo com que todos remassem numa mesma direção.
Analisando criticamente este cenário, decidimos realizar um torneio de futebol. Preparamos os diversos times e conseguirmos realizar o campeonato. Os vencedores receberam troféus e medalhas. Após cada partida de futebol, realizávamos uma confraternização que contou com a participação de todos os envolvidos na sua preparação.
Após este evento concluímos que esta iniciativa foi uma prática importante e positiva para o alcance das metas e objetivos, além de trazer bons resultados na interação entre os colaboradores.
Recomendamos práticas similares no ambiente de obras sempre que observarmos que as condições são desfavoráveis para a sinergia entre os colaboradores dos prestadores de serviço.
Durante a minha residência nas obras para o desenvolvimento do Sistema de Gestão da Qualidade tivemos a oportunidade de realizar algumas práticas de Gestão da Qualidade que promovessem uma mudança comportamental nas equipes de forma atender as diretrizes contratuais estabelecidas para a Qualidade, Segurança, Saúde e Meio Ambiente, QSMS.
Uma destas práticas foi com a realização de um programa que envolvesse todos os colaboradores de forma a buscar a melhoria no domínio dos procedimentos QSMS e ao mesmo tempo evitar ocorrências de desvios e riscos a sua integridade e segurança.
Este programa que denominamos de “GINCANA” foi elaborado com base nos conceitos e requisitos destes procedimentos e envolveu toda a força de trabalho do empreendimento.
O desenvolvimento de equipes através de práticas que tenham como ferramentas de apoio programas educacionais baseados em jogos apresenta bons resultados para o alcance dos objetivos e metas estabelecidas nos Planos de Gestão QSMS das obras.
A implementação de um modelo de "Gestão Empresarial" para organizações tipo "CONDOMÍNIO RESIDENCIAL" constitui em uma excelente ferramenta de gestão. Sabemos que estas organizações muitas vezes carecem de uma estrutura que possam assegurar uma qualidade de vida saudável para a comunidade residente.
Cada vez mais a problemática de vivermos em sociedade, torna o ambiente em que moramos num casulo, onde o nosso lar é o nosso mundo.
Temos que acordar para uma realidade, somos acionistas e clientes desta organização, e esperamos resultados tangíveis e intangíveis que possam ser traduzidos na forma de satisfação e qualidade de vida.
Importante registrar que o sucesso desta gestão depende da vontade política dos acionistas em manterem o seu foco, e apoiarem a mudança cultural que ela promove. O gestor principal, na figura do "SÍNDICO" precisa gozar de autoridade, poder e influência, para o sucesso e alcance da "Visão de Futuro".
Precisa identificar quem são as "Partes Interessadas" pelo sucesso e o insucesso, pois para toda mudança cultural e comportamental por menor que seja, temos que identificar estas partes e administrá-las de forma a superar as dificuldades e convergir todas num único objetivo comum.
Recomendo a Gestão Empresarial para as organizações tipo "CONDOMÍNIO RESIDENCIAL" que tenham como missão "Buscar incessantemente a qualidade de vida para os seus moradores".
Ref.: Arthur Sá - Monografia da Pós-Graduação "Qualidade para Excelência na Gestão de Negócios - Grifo".
REF.: TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DA PÓS-GRADUAÇÃO EM PLANEJAMENTO E GESTÃO AMBIENTAL DA UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
ARTHUR, Sá (2017)
Este artigo tem como objetivo analisar as ações em curso para recuperação ambiental da flora nativa na região de Mariana em Minas Gerais impactada pelo acidente ocorrido em novembro de 2015. Ao analisar toda fonte de informação que antecedeu o acidente e após o acidente, e neste caso, também sobre outros acidentes em barragens no estado de Minas Gerais, podemos dizer que o desastre é irremediável, não tem como retornarmos ao estado anterior. A própria natureza seguirá o seu rumo buscando um novo ponto de equilíbrio. Podemos mitigar os danos, mas não resgatar o “status-quo” anterior. A cada nova agressão que o Homem provoca sobre o Meio Ambiente, mais incerto se torna o futuro daqueles que estão por vir, e um ambiente saudável dificilmente será encontrado.
Os rejeitos de barragem são praticamente estéreis para a recuperação ambiental, por terem baixo teor de nutrientes e carbono orgânico. Além disto, a granulometria da areia por ser muito pequena, dificulta a penetração da água e limita o desenvolvimento de plantas. Como se emprega o hidróxido de sódio no tratamento do minério, o rejeito possui um caráter básico, sendo necessária a correção do seu pH tanto para o cultivo de alimentos, quanto para programas de reflorestamento. Essas características contribuem para que a área impactada pelo rompimento da barragem, em condições naturais, somente se recupere em um prazo bastante extenso, sendo fundamental, a implantação de um Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (POEMAS, 2015).
A recuperação de áreas degradadas é um processo composto por etapas que devem ser realizadas em conjunto para que se obtenha sucesso. As leguminosas e gramíneas têm sido utilizadas como uma das alternativas para a recuperação dessas áreas, por possuírem a capacidade de se associar simbioticamente às bactérias fixadoras de nitrogênio, incorporando nitrogênio (N) ao sistema solo-planta, que juntamente com o fósforo (P), são os nutrientes que mais limitam o estabelecimento e o desenvolvimento vegetal (BIOSFERA, 2012).
Foi realizado um plantio inicial na fazenda de Bicas, e conforme relatório da empresa RG BIOENGENHARIA, (RG, 2016), o processo de revegetação utilizado formou uma cobertura vegetal satisfatória sobre a lama de rejeito, proporcionando a melhoria das características físicas, químicas e biológicas do substrato. Cabe ressaltar que a cobertura vegetal definitiva da área se dará através de intervenções posteriores que auxiliarão o processo de recuperação e, assim, favorecer o processo sucessional, inclusive o aporte, de forma espontânea, de espécies nativas da região. Numa outra área, a de Paracatu, o plantio foi bem-sucedido, pois houve intervenção de máquinas fazendo a adequação topográfica do local, misturando o solo e realizando todo o sistema de drenagem. E nas áreas de Ponte de Gama, o processo de revegetação promoveu uma cobertura do solo maior que 60%, otimizando a ação de fatores edáficos para as espécies plantadas e nativas sendo secundária na sucessão ecológica (RG BIOENGENHARIA, 2016).
Analisando as informações sobre os outros acidentes em barragens no estado de Minas Gerais, podemos dizer que:
• O acidente com a Mineradora Rio Verde, em junho de 2001, provocou impactos na Mata Atlântica e numa Área de Preservação Permanente. Quinze anos após a tragédia, ainda não foram concluídas as medidas para amenizar os prejuízos ambientais (RIO VERDE, 2016).
• O acidente com a Mineradora Cataguazes, em janeiro de 2007, causou danos ambientais em áreas agricultáveis e a Zona da Mata ainda se recupera nove anos depois. Embora o solo no local já tenha sido recuperado, o Rio Muriá ainda carrega resquícios do ocorrido devido ao alto grau de assoreamento sofrido. Há 25 anos, seu leito tinha quatro metros e hoje tem 50 centímetros. Toda aquela lama que desceu da barragem em 2007 decantou no fundo do rio e continua lá até hoje. Em nota, a empresa Bauminas Mineração, que assumiu a mineradora Cataguases, tinha garantido que cumpriu tudo que foi solicitado após o acidente (ANTUNES et al., 2015).
• O acidente com a mineradora Herculano, em setembro de 2014, causou graves impactos ambientais em córregos da bacia hidrográfica do Rio das Velhas, que abastece a região metropolitana de Belo Horizonte. Em dezembro de 2015, mais de um ano após o rompimento da barragem, a mineradora continuava a colocar rejeitos em uma mina que já estava desativada e atingira sua lotação máxima em 2010 (ITABIRITO, 2016).
Já o desastre na mineradora Samarco dentre todos, é o maior em termos de quantidade de material lançado no meio ambiente e de extensão territorial dos danos. O sucesso na recuperação da vegetação das áreas degradadas do entorno da Mineradora até a Hidrelétrica Risoleta Neves dependerá do monitoramento e gestão pelos órgãos fiscalizadores, e só o tempo poderá nos mostrar se foram eficazes. O histórico sobre a eficácia das ações de recuperação de áreas degradadas em outros acidentes de barragens de rejeitos em Minas Gerais, não nos ajudam a ter credibilidade que as ações em curso terão continuidade e que a revegetação destas áreas promoverá o retorno ao equilíbrio do ecossistema.
As ações emergenciais em curso pela Samarco, executadas pela Fundação Renova criada para tal fim, estão longe de propiciarem perspectivas otimistas quanto a sua eficácia. Não temos garantia nenhuma que as próximas ações sejam levadas a contento e se terão continuidade. Aliado com toda esta preocupação temos a própria Natureza que estará se transformando em função das condições adversas, do grau de complexidade e da gravidade do acidente. A única alternativa será mantermos os mecanismos de controle e monitoramento, e gerir os passivos ambientais de forma a buscar o resgate do equilíbrio do ecossistema na região.
Considerando as ações prioritárias do “Marco de Sendai” podemos ter como Lições Aprendidas do desastre da barragem do Fundão que precisamos evoluir no controle, monitoramento e gestão dos riscos de desastres em barragens de mineração. Temos que ter políticas e ações compatíveis com a gravidade e severidade dos riscos que estas barragens promovem a nível socioambiental e socioeconômico. É fundamental uma visão clara sobre a posição que o Brasil ocupa mundialmente no mercado de minérios e que os órgãos públicos estejam dimensionados e estruturados, de forma a cumprirem as suas funções de controle, gestão e prevenção de riscos a nível federal, estadual e municipal (FREITAS et al., 2016).
O que evidenciamos neste desastre, além das deficiências de controle, gestão e fiscalização pelos órgãos responsáveis, foi um conjunto de anormalidades transformadas em normalidades contribuindo para que uma barragem de mineração de grande risco potencial fosse categorizada como de baixo risco. Anormalidades tão normalizadas que tornaram aceitável a ausência de um requisito básico, como um plano de emergência e de um sistema de alerta e alarme envolvendo defesa civil e sistema de saúde, com a participação das comunidades locais (PORTO, 2016). Planos de emergência no papel, quando não exercitados e atualizados pelas partes diretamente envolvidas e potencialmente afetadas, não são nada mais do que planos que, no máximo, atendem aos requisitos burocráticos dos órgãos governamentais. Desta forma, eles não atendem sua função primordial de proteger e salvar vidas, e evitar os danos e a destruição ambiental (FREITAS et al., 2016).
As estratégias comerciais e operacionais da empresa Samarco que contribuíram para o maior desastre desse tipo foram definidas com ênfase nas demandas, pressões e variações no mercado global de minérios. Concomitantemente, os envolvidos na sua regulação nos níveis federal, estadual e municipal não conseguiram cumprir eficazmente o seu papel de controle, gestão e fiscalização.
O desastre é irremediável, não tem como retroagirmos ao estado anterior. Os danos poderão ser mitigados, mas não resgataremos o “status-quo” anterior da vegetação na região. Temos que agir de forma sustentável, em harmonia com o Meio Ambiente, e sem comprometer o equilíbrio dos ecossistemas. Evitar buscar o lucro a qualquer custo sem considerar os impactos ao Meio Ambiente. Devemos priorizar as ações de sustentabilidade do Planeta; e proteger contra as ameaças e riscos de extinção toda forma de vida, quaisquer que sejam elas, a flora, a fauna, as criaturas aquáticas dos oceanos e rios.